Primeiro-ministro alerta para risco de ataque químico ou biológico na França

French Prime Minister Manuel Valls, left, listens to French Interior Minister Bernard Cazeneuve at the national assembly in Paris, Thursday Nov.19,2015. Valls is warning that the associates of extremists who targeted France last week could use chemical and biological weapons, as he urged Parliament to extend a state of emergency. (AP Photo/Michel Euler) ORG XMIT: FAS105


O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, alertou nesta quinta-feira (19) que o país está sob o risco de ataques com armas químicas e biológicas, quase uma semana após extremistas armados com fuzis e explosivos matarem 129 pessoas em Paris.

"Nós não podemos descartar nada. Eu digo isso com todo o cuidado necessário. Mas nós sabemos e temos em mente que existe um risco de armas químicas ou bacteriológicas", disse Valls, pedindo que o Parlamento estenda o estado de emergência que está em vigor desde os ataques na capital. "A imaginação macabra dos mentores [do ataque] é ilimitada."

Manuel Valls (à esq.), conversa no Parlamento com o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve
Proposta pelo governo francês, a extensão do estado de emergência, originalmente de 12 dias, para 3 meses, foi aprovada pelos deputados nesta quinta. A medida deve ser discutida e votada pelos senadores na sexta (20).

Com a aprovação da medida, as autoridades terão permissão para proibir "qualquer associação ou encontro", incluindo mesquitas e grupos comunitários.

Ao defender a proposta, Valls disse que "a segurança é a primeira das liberdades". O premiê também anunciou a criação de uma estrutura para conter jovens radicalizados.
"O terrorismo atingiu a França não por causa do que ela faz na Síria e no Iraque (...) mas pelo que ela é", afirmou o premiê.

AINTITERRORISMO


A polícia francesa anunciou nesta quarta ter evitado um novo ataque terrorista, após fazer uma megaoperação de segurança ao norte de Paris contra uma célula radical.

Segundo a Promotoria de Paris, é possível que suspeitos de envolvimento com os ataques de sexta-feira passada (13), incluindo seu mentor, o belga Abdelhamid Abaaoud, estejam entre os dois mortos na operação. As autoridades aguardam a análise dos corpos para identificar os mortos.

A Bélgica, país europeu que produz o maior número de radicais islamitas em proporção à sua população, deve investir 400 milhões de euros adicionais (R$ 1,6 bilhão) para combater o extremismo, anunciou nesta quinta-feira o primeiro-ministro Charles Michel.

A polícia belga lançou nesta quinta-feira seis operações em Bruxelas, inclusive no subúrbio muçulmano de Molenbeek, alvo de operações anteriores.

Segundo apurou a Associated Press, as autoridades belgas procuram pessoas relacionadas a Bilal Hadfi, um dos homens-bomba que se detonaram próximo ao Stade de France, em Paris, na semana passada.

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