Município de Mossoró não tem registros de raiva bovina

Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária não tem registro da doença em rebanhos da cidade – Foto Ednilto Neves
Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária não tem registro da doença em rebanhos da cidade


Até o momento nenhum caso foi notificado na regional. Mesmo sem registros, é importante que produtores mantenham os cuidados e façam a vacinação. O último caso de raiva humana no RN ocorreu em 2010.

Mossoró não tem casos da raiva bovina, segundo informações do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN). A confirmação é da veterinária responsável pelo setor, Cristiane Bezerra, que afirma que até o momento nenhum caso foi notificado na regional. Mesmo sem registros, é importante que produtores mantenham os cuidados e façam a vacinação.
No mês passado, a Secretaria do Estado da Saúde Pública (SESAP) alertou para a suspeita da doença em 40 bovinos nos municípios de Riacho de Santa e José da Penha. Os animais foram sacrificados.
Sem casos ou suspeitas registradas da doença em Mossoró, o trabalho do Idiarn continua sendo de focado no esclarecimento à população e verificação de rebanhos, quando é solicitado.
Em entrevista anterior à GAZETA DO OESTE, a veterinária do órgão explicou que o produtor deve procurar o Idiarn caso suspeite que algum animal do rebanho esteja com a raiva. A sede do órgão em Mossoró está localizado no prédio onde funciona a Emater.
Cristiane ressalta que a doença é de sintomatologia nervosa, ou seja, prejudica o funcionamento do sistema nervoso do animal. “O animal para de andar, fica pedalando. No popular, fica caindo dos quartos. Não bebe água e nem come”, explica.
A raiva é uma doença transmissível ao ser humano através do contato com a saliva do animal infectado e não tem cura, seja em animais ou humanos. Portanto, diante de qualquer suspeita o produtor deve procurar ajuda.
A vacinação é a única forma de prevenir a doença nos animais, sejam eles domésticos, como os cães e gatos, ou de produção. No caso dos animais de produção, foi publicada no final do ano passado uma portaria (nº 119- IDIARN) que torna obrigatória a vacinação contra a raiva em bovinos, caprinos, equinos, asininos, muares, ovinos e suínos, em 26 municípios do Estado onde já havia registro de raiva nessas espécies de animais. Nesses locais, a imunização dos rebanhos fica por conta do proprietário. Mossoró fica fora da determinação, pois não apresenta casos.
No entanto, a veterinária ressalta que devido à gravidade da doença e o baixo custo da vacina, o Idiarn recomenda que os proprietário de Mossoró também vacinem seus rebanhos, para não correrem o risco. A vacina é vendida em lojas de produtos agropecuários. Um frasco contém várias doses e o preço é baixo. “Essa é única forma de prevenir. Às vezes o produtor não quer pagar, mas acaba perdendo o animal”, diz.
A doença também é transmitida por morcegos. Nos locais onde há incidência ou suspeita da raiva, o Idiarn realiza o controle desses animais. A veterinária explica que a ação é feita à noite, quando um morcego é capturado e nele é passada uma pasta que provoca uma doença no animal. O morcego volta para o habitat e lá, através do hábito de lamber, a doença é transmitida para os outros morcegos que ingerem o produto e morrem por hemorragia.
O último caso de raiva humana no RN ocorreu em 2010 e foi transmitido por um morcego, porém todos os anos são registrados casos de raiva nos animais no estado. Em 2014, foram diagnosticados 36 animais positivos para raiva no RN, sendo 17 bovinos, 15 morcegos, dois equinos, uma raposa e um cão. Esse número de bovinos positivos para raiva foi o maior dos últimos dez anos diagnosticado pelo LACEN/RN.

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